• Uma dança. O Frescobol é conhecido pela sua diversidade de movimentos, que podem vistos como uma dança. Durante o jogo, os jogadores realizam movimentos fluidos, elegantes e sincronizados, criando uma experiência estética única. Ao contrário de outros desportos a especialização técnica pode tomar inúmeras formas. Isto torna o desporto não apenas uma actividade física, mas também uma expressão artística do movimento corporal.

  • Propriocepção - melhora a consciência do corpo no espaço. Os jogadores precisam ter um bom senso de equilíbrio, coordenação e percepção espacial para responder aos movimentos rápidos e diversos da bola, mantendo a interação com o parceiro de jogo. A propriocepção desenvolvida no Frescobol pode ser aplicada noutras actividades físicas e quotidianas.

  • Queima de calorias. Temos uma actividade física intensa que envolve movimentos rápidos e constantes. Portanto, pode contribuir para a queima de calorias, ajudando no controlo de peso e na melhoria da aptidão física.

  • Destacamos a importância do movimento, da expressão corporal, da consciência espacial e dos benefícios físicos proporcionados pelo desporto.

  • Relação com o corpo. Vemos o Frescobol como promotor de uma relação saudável com o próprio corpo, pois envolve movimentos dinâmicos, ágeis e coordenados. Ao praticar este desporto, os jogadores desenvolvem habilidades físicas, como resistência, flexibilidade e coordenação motora, contribuindo para uma vida ativa e saudável.

 Movimento 

  • Denotamos que “coisas negativas” a acontecer no jogo são boas oportunidades! Aqui, operacionalizamos este habitual clichê sobre resiliência. Ou seja, quando a bola cai frequentemente e as jogadas são julgadas como fracas e desagradáveis, muitas vezes é esquecido que se podem captar bastantes informações que ajudem a corrigir e aperfeiçoar alguns movimentos. O mau pode ter em si o bom. A negatividade pode conter positividade (oiça estes 30seg do podcast Efficiently Work Sport de um Sócio Psicólogo Clínico no Desporto). Isto depende de 3 coisas a regular dentro de cada jogador: Perspectiva - Atitude - Reacções:

 

  1. Perspectivar que cada erro/imperfeição conta-nos aquilo que está lá que não funciona tão bem e isso é um ganho. Há então uma transformação do olhar de algo a evitar e/ou esquecer, para algo a investigar e acolher.

  2. Uma atitude confrontação aberta, interessada, e corajosa emerge daqui. Com ela, podemos continuar a jogar de forma positiva, cuidada, compassiva, e curiosa. Trazendo:

  3. Reacções de novos enfrentamentos com um sorriso, discussão de ideias, e experimentação com vontade, pois abarcamos as imperfeições como ganhos (ex. “ok, hmm (posso) descobrir aqui uma forma de impactar a bola que não funciona. Pode precisar de ajustes e isso é ok”)  

  • Sabemos que a possibilidade de competir é um factor gigante para aliciar potenciais praticantes de qualquer modalidade. Vemos o Frescobol como um desporto didático, divertido e autotélico a cada jogada - sendo por base, sempre colaborativo enquanto se joga. Durante bastante tempo não teve uma vertente competitiva, mas uma coisa não tem de excluir a outra. Agora já existem meios e regras para se estimular essa faceta. Queremos novas duplas que pretendam superar pontuações conjuntas. Que façam face às de outras duplas, e tenham vontade de alargar de grosso modo os seus limites e competências.

  • A prática deste desporto requer, na perspectiva da APF, um doseamento entre conforto e desconforto. Ou seja, por um lado queremos facilitar a jogabilidade ao nosso parceiro/a deixando-lhe a bola confortável, suscitando sentimentos de confiança e auto-eficácia, e por outro lado, queremos trazer desconforto. Porque sem ele, e com demasiada repetição da zona e modo como a bola é colocada, podemos estar a desfavorecer o crescimento do outro jogador/a e estancar o estilo de jogo e recursos que pudessem ser desenvolvidos. É então uma questão de descoberta guiada e equilíbrio.

  • Para a APF é clarividente que o Frescobol é um desporto que submete os jogadores a belas doses de desafio. Neste sentido, os intervenientes são convidados a superarem-se. A esticarem a corda (q.b.) e fazerem um pouco mais/melhor do que da última vez que praticaram.

 Superação e Competição 

Cooperação e Desafio

a cada Toque

Missão & Valores

Pilares da Missão

Dignificar

 

Promover o que o Frescobol tem de saudável e vantajoso além Desporto. Aproveitar a prática da modalidade como um campo didático para promoção de valores e competências

sócio-emocionais. Estimular o desenvolvimento pessoal e interações humanas positivas.

Expandir

 

Alargar o panorama do Frescobol através da aquisição de praticantes regulares, cultivando e sustentando o interesse para a prática

nas suas variadas vertentes.

Regulamentar

 

Normalizar o Frescobol através da uniformização de regras e implementação no país de um sistema de pontuação oficial a nível competitivo.

Valores

** É por isso que a APF procura chegar a Escolas e Empresas para demonstrar o serviço saudável que o Frescobol, com estes valores, pode ter para Jovens e Colaboradores.

Competências sócio-emocionais que são estimuladas e podem ser incorporadas e transportadas para outros momentos e campos da vida.

  • Suscitar interesse pelos processos psicológicos decorrentes em jogo de modo a optimizar o prazer, satisfação, e crescimento através da prática desportiva. Não queremos que a prática de Frescobol se torne uma experiência ansiogénica e desmoralizante, bem pelo contrário.  

  • Importa ter um olhar curioso e antecipatório para aquilo que sejam as dificuldades encontradas tecnicamente - e os próximos passos para o conquistar ou aprimorar de (novos) recursos. 

  • Visto que um desafio/objectivo constante na prática é o de ir sabendo o que se pode fazer para devolver a bola nas melhores condições possíveis ao parceiro/a, importa então sustentar a curiosidade para as exigências que a bola traz na nossa direção (“o que a jogada está a pedir”).

  • Orientamo-nos para cultivar interesse nos desenvolvimentos técnicos ajustados a cada jogador e parceiros, para promoção de uma evolução óptima. E no seguimento dos pontos anteriores, quiçá um interesse por como está a ser a vivência da experiência de jogo para o outro, em detalhe.

 Curiosidade 

*Sistema de pontuação e ranking → Se estás familiarizado com o Sistema de pontuação utilizado nas Etapas Competitivas da APF, sabes que cada jogador da dupla tem uma pontuação. Mas essa pontuação não significa que um seja ganhador ou melhor do que o outro. Daí que decidimos não listar um ranking individual que estivesse de acordo com essa pontuação individual, mas submetemos sim, a soma da pontuação das duplas na qual um jogador se tenha inserido ao longo da época, nas suas exibições tal como acontece nas duplas de pares no Ténis. 

  • Aqui, vemos os sucessos e as falhas como conjuntas. Como uma corresponsabilidade. Ou seja, a jogabilidade de um não acontece sem a do outro*. Não faz sentido apontarmos os erros de forma isolada a um dos jogadores.

  • Procurar saber as preferências do outro, os seus objetivos, e as suas zonas de conforto, são dos aspectos mais relevantes da comunicação no tal processo colaborativo, para optimizar a adaptação ao jogo a ser construído.

  • Não é desejável que um jogador esteja egoísta ao ponto de fazer tudo que lhe apetece, sem ter em consideração as limitações e potencialidades do parceiro. Não obstante, não se pretende desmanchar/sacrificar a individualidade de cada um em detrimento do outro ou de uma linha de jogo qualquer predeterminada. Dentro de um processo colaborativo de construção de jogo, a comunicação entre os intervenientes é primordial para o melhor encaixe possível (sempre passível de ajustes e actualizações).

  • O jogo é jogado a 2 (ou a 3, no modo Trinca). No entanto, ele é uno. É executado numa comunhão. Em unísseno - o ângulo principal para a APF - 2=1 (ou 3=1). Olhamos para a prática do Frescobol como um fenómeno de descoberta, de entreajuda, e de serviço para com o parceiro/a, que faça unir os jogadores praticantes.

 Diversidade e Flexibilidade 

  Parceria e Colaboração 

  • Achamos que os jogos entre duas pessoas e a evolução na sua qualidade são tanto melhores quanto melhor a relação (interpessoal) entre ambos. Na mesma moeda, acreditamos que o campo desta modalidade pode servir bastante para reforçar laços entre as pessoas**

  • A cuidadosidade, traduz-se numa estima pelo outro na sua plenitude. Nas suas capacidades e imperfeições. Denota um cuidado para como a bola é devolvida e colocada, de modo a servir o outro, o próprio, e o jogo, das formas mais adaptativas para o momento.

  • A compaixão, traduz-se em não injuriar, respeitar as condições presentes, e ser gentil consigo mesmo e com aquilo que se está a passar. Permite trazer mais abertura à experiência e à extração de informação útil a partir das falhas tidas - passando a apontar o dedo às imprecisões técnicas, ao invés de apontar à pessoa de forma acusatória e pesada - podendo ficar mais sereno com as suas frustrações.

  • É frequente em muitos desportos haver frustração e auto-crítica severas perante falhas nas execuções. O Frescobol coloca os jogadores em contacto com os erros frequentemente (é a única constante certa neste jogo colaborativo - a bola cair). A prática desta modalidade com um bom parceiro/a pode servir como um excelente canal para educar/promover uma mentalidade de crescimento e uma reação aos erros de forma mais adaptativa, produtiva, e saudável. Seja sendo compassivo consigo próprio/a, seja do mesmo modo cuidadoso com o/a parceiro/a.

Compaixão e Cuidadosidade

  • O Frescobol pode ser praticado por qualquer pessoa em qualquer idade, e até sentados! Já assistimos inclusive, a jogadas fantásticas nos nossos eventos de um avô com o seu neto.

  • A prática deste desporto não se pretende com barreiras, pois é em si mesmo, um jogo de união e contactos interpessoais.

  • Acreditamos que o jogo se torna tanto melhor (não em termos de qualidade linear, mas sim de prazer e evolução) quanto mais flexível pelo menos um dos jogadores seja. Isto é, as capacidades de se ajustar ao que o outro traz, de trazer de volta novidades suficientemente desafiantes, de se permitir a experimentar - todas estas e outras componentes fazem enriquecer a jogabilidade, o prazer, e o aumento de recursos. 

  • Há quem leve uma máxima para a arena de que “não há pedidos de desculpa”! Isto quer dizer que não vale a pena pedir desculpa quando se tenha “errado” a batida, uma vez que nunca é feito de propósito. Ambos sabem que eventualmente vai acontecer, e há que aceitar, apoiar, e seguir para a próxima jogada, livre de culpas, vergonhas, pressões, e apenas concentrados no momento presente com aquilo que a jogada vai “pedir”. 

  • Dentro de diferenças individuais que possam existir a diversos níveis entre dois jogadores, eles podem coexistir em jogo. Para que o contacto e o jogo decorra em bons caminhos, importa que se fale sobre as suas preferências (aspectos como a distância, técnica, colocação da bola, velocidade, ângulos da bola, etc.), chegar a acordos flexíveis, enquanto se fazem ajustes para facilitar o encaixe do jogo entre ambos.

@2024 - Todos os Direitos Reservados.